Conforme informado pelo órgão, os dois dispositivos de gravação de voo, que são comumente chamados de caixas-pretas – o Cockpit Voice Recorder (CVR, que registra as conversas na cabine) e o Flight Data Recorder (FDR, que coleta os dados de voo) – foram levados para o Laboratório de Leitura e Análise de Dados de Gravadores de Voo (Labdata) do Cenipa, em Brasília (DF), na manhã deste sábado (10).
"Os trabalhos iniciais de preparação, extração e análise dos dados já começaram e continuarão de forma contínua nas próximas horas", detalhou.
Após a finalização da fase inicial em Vinhedo, a investigação seguirá para a etapa de análise de dados.
Neste momento, serão avaliadas as operações de voo, o ambiente de operação, fatores humanos, além de uma análise de componentes, equipamentos, sistemas e infraestrutura, entre outros aspectos.
"O Cenipa reafirma sua intenção e previsão de divulgar o relatório preliminar do acidente aéreo dentro de um prazo estimado de 30 dias", concluiu.
Essenciais para a investigação, os processos investigativos são cruciais para identificar as causas do acidente. Isso se deve ao fato de que os gravadores, se encontrados em bom estado, contêm dados valiosos. Um avião, como o ATR-72 que se acidentou, possui duas caixas-pretas:
Gravador de Voz da Cabine (CVR): dispositivo que captura áudios das conversas entre o piloto e o co-piloto, bem como diálogos com os comissários de bordo e o controle de tráfego aéreo.
Gravador de Dados de Voo (FDR): equipamento que registra informações e parâmetros da aeronave, como altitude, velocidade, posições dos manetes, botões utilizados, e demais dados técnicos relevantes durante o voo.
Com essas informações da aeronave e os registros de áudio da cabine, os investigadores têm a capacidade de analisar a dinâmica e os fatores que podem ter influenciado o acidente.
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